9 de ago. de 2011

Parte 04

Bom, você não deve estar entendendo, ou talvez várias perguntas estão questionando sua mente agora? Certo? 
Desde aquele dia, em que o Sam me encontrou no porão ele me cuidou, com todo amor e carinho que uma criança necessita, mas o tempo passou, eu cresci. E a "histórinha", que ele contava sobre minha mãe, começava a se esclarecer em minha mente, e ela não teria ido viajar, mas neste momento, eu nunca mais iria ver ela. Além das simples lembranças que tenho de seu rosto e seus sorrisos é claro, mas nada disso, nada ira me traze-la de volta.
Fiquei brava com Sam por um tempo, mas meus pensamentos se envolveram tanto, que achei lindo e verdadeiro no final tudo o que ele fez por mim. E agora aqui quando encontrei este diário, escondido sobre algumas caixas minhas, me pus a chorar, e a lembrar, de tudo. Sem mãe, sem pai, com apenas algumas lembranças, alguns carinhos, mas com uma porção de amigos e de afetos desde aquele dia até hoje, que me fizeram sorrir. Então resolvi que irei escrever todos os dias, irei detalhar cada vírgula e ponto de minha história, acho que não quero ser esquecida, acho que desejo guardar alguma lembrança minhas, para caso de alguém querer estar ao meu lado, ao caso de alguém sentir minha falta, ao caso de eu sumir, sem deixar letras, nem palavras, nem carinhos e nem sorrisos.
Setembro de 1937, Carlota.

Um comentário:

  1. Que lindo, até me emocionei, me identifiquei com algumas coisinhas, vou até escrever algo, sobre isso no meu caderno ><

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